Com uma aparência muito semelhante à flor da margarida, a arnica, chamada também de Arnica Montana, é uma erva de cor amarelada muito comum no Canadá, Estados Unidos, leste asiático e também em algumas partes da Europa.
Conhecida também como tabaco da montanha, a arnica em sua forma homeopática (bem diluída), é usada a muitos séculos como parte da medicina alternativa no tratamento de inflamações, infecções, artrite, hematomas, calvice e também em dores musculares.
Mas antes de conhecer outras informações sobre a erva, é preciso saber que ela é altamente venenosa e é muito insegura na maioria dos casos.
O seu consumo deve ser autorizado por seu médico e aplicada a quantidade exata quando for necessário. Mas sempre as opções aprovadas no ramo farmacêutico, já são manipuladas a partir da erva e não ela por si só.
Esta é uma erva perene muito usada em produtos homeopáticos, como cremes, comprimidos e géis.
Conheça a seguir um pouco mais sobre esta erva, bem como sobre a medicina homeopática em geral.
Medicina homeopática
Esta é uma pratica muito antiga, com registros históricos de 1700, onde o considerado “pai” da medicina alternativa é Samuel Hahnemann.
Ela envolve a administração de ervas e outras substâncias combinadas de forma bem diluída com o intuito de cura.
Seus princípios são baseados em:
- Memória de água: Quanto mais for diluída uma substância, mas poderosa ela é;
- Dose mínima: Menores dores acabam trazendo mais benefícios.
Portanto as soluções acabam sendo tão diluídas que resta pouco do composto original. Mas mesmo assim acredita-se que seja eficaz.
Na grande maioria dos casos, remédios homeopáticos são fornecidos como cápsulas, pílulas ou extratos.
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Arnica homeopática
Muitas pessoas acabam se tornando dependentes de analgésicos e isso acaba trazendo outros problemas para o organismo, principalmente na área do fígado.
Como alternativa, profissionais da área de saúde, podem indicar a arnica como forma de tratamento. Mas antes disso é feito diversos exames para atestar o uso ou não de novos medicamentos.
As formas mais comuns do uso da arnica, principalmente pelo fato da erva ser potencialmente venenosa, é sobre a pele.
Ela é usada como gel, pomada, cataplasma e outros. Mas há também extratos, óleos, cápsulas e comprimidos para ingestão via oral.
No caso da arnica homeopática ela acaba sendo diluída de 10 a 30 vezes, indicadas nos rótulos como C ou D (diluição centesimal ou decimal).
Exemplo, diluição C15, significa que ela foi diluída 10 vezes até chegar no resultado que está dentro da embalagem.
A existência da arnica em soluções homeopáticas é praticamente inexistente, sendo uma parte mínima, proveniente de uma boa quantidade de diluições.
Então há recomendações médicas, pois mesmo sendo venenosa, acaba sendo segura (desde que ingerida da maneira correta), por conta de sua alta diluição.
Benefícios da arnica para a saúde
Alguns dos benefícios que a arnica homeopática oferece para a saúde são:
- Melhora quadros de dor;
- Hematomas;
- Calvice.
Melhora quadros de dor
Ela é uma erva muito conhecida por suas propriedades anti-inflamatórias.
São diversos compostos vegetais como lactonas de sesquiterpenos, ácidos fenólicos e flavonóides que ajudam no combate a inflamações.
Um estudo americano de 2014 revela que a aplicação do gel de arnica de forma tópica acaba sendo tão eficaz como o analgésico ibuprofeno tópico (referência).
Ele melhora a função física e reduz a dor da osteoartrite.
Sem contar que comprimidos de arnica (D30) quando tomados corretamente, podem melhorar significativamente dores musculares.
Mas para dor, sua melhor aplicação é feita de maneira tópica.
Hematomas
Um hematoma na pele ocorre quando pequenos vasos sanguíneos acabam estourando em decorrência de um golpe, trauma ou até mesmo de maneira cirúrgica.
Ao longo dos anos a arnica homeopática vem sendo usada para tratar contusões, porém os estudos ainda trazem resultados mistos, ou seja, comprovam que pode ou não melhorar esta condição.
Há um outro estudo americano com diversos participantes que tinham hematomas e que foram tratados com gel de arnica, vitamina K, retinol e placebo.
Depois de 14 dias, o grupo que fez o uso de arnica teve menos contusões se comparado com os outros grupos da pesquisa (referência).
Outro estudo também identificou melhorias em hematomas e inchaços decorrentes de rinoplastia, com tratamento feito através de creme de arnica aplicado topicamente na região.
Perda de cabelo
Na medicina homeopática a arnica é usada para promover o crescimento capilar. Ela é usada de forma tópica para tratar caspas e prevenir a perda de cabelo.
Normalmente o medicamento é um composto de 1% de arnica e 99% de água, na forma de shampoo, hidrogel ou óleo.
Na teoria o medicamento pode ajudar a reduzir a inflamação e irritação do couro cabeludo, em decorrência de suas propriedades anti inflamatórias.
Isso permite que os fios cresçam melhor.
Efeitos colaterais e problemas
Na forma de planta ou não diluída, a arnica é venenosa e deve ser evitada.
Entre seus problemas mais comuns estão náuseas, vômitos, falta de ar, elevação da pressão, arritmia cardíaca e pode inclusive levar a morte.
Apesar do uso oral ser feito em formulações homeopáticas graças a alta diluição, ainda sim é recomendadíssimo evitar a ingestão oral.
Quando necessário, será preciso fazer acompanhamento médico e ingerir apenas a quantidade exata indicada.
A arnica também pode causar alergias e a combinação com outros medicamentos pode gerar resultados nada agradáveis e muito prejudiciais à saúde.
Mulheres grávidas e em período de amamentação não devem fazer o uso de arnica de modo geral.
Sempre consulte o seu médico!
Outro problema que pode ocorrer com o uso de arnica tópica, é o ressecamento da pele, erupção cutânea, coceira e até mesmo o aumento da dor local.
Evite aplicar cremes e gel de arnica em feridas abertas.
Pessoas que contam com condições médicas como doenças intestinais, arritmias e pressão alta devem evitar a todo custo o uso de arnica homeopática, mesmo que super diluída.
Combinações com outros medicamentos
A arnica pode ser encontrada em combinação com medicamentos antiplaquetários.
Ela também pode combinar com cravo, alho e gengibre em algumas manipulações.