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Há milhares de anos o ser humano usa os animais para a produção de leite, principalmente as vacas e em algumas regiões as búfalas.

Mas graças aos avanços na tecnologia, empresas começaram a produzir o próprio leite em laboratório, assim como seus derivados. Porém não estamos falando do leite em pó, mas sim uma espécie de leite “sintético”.

O aumento de intolerantes a lactose na sociedade atual também vem contribuindo para o surgimento de novas opções.

Seu sabor é semelhante? Os nutrientes são os mesmos? Como isso é possível? Hoje vamos falar um pouco mais sobre este assunto e desmitificar os benefícios e malefícios desta opção.

Mas o que é o leite de laboratório? Lab Milk

Este é um tipo de leite que não requer animais, produções agrícolas ou outros elementos comuns na produção tradicional.

Ele também não é um leite vegetal, ou seja, a base de coco, amêndoas, soja e outros provenientes de plantas. Nesses leites o sabor e os nutrientes acabam sendo diferente o que não agrada a muitos, tão pouco repõe as necessidades diárias.

O leite de laboratório está sendo desenvolvido para ser idêntico ao leite de vaca, principalmente em relação ao sabor e nutrientes.

Ele deve seguir a mesma premissa da carne que vem sendo cultivada em laboratório nos últimos anos, onde os tecidos são produzidos a partir de células animais vivos, ou seja, sem a necessidade de abatê-los.

Mas no caso do leite a produção vem sendo feita através de leveduras modificadas e não a partir de células animais.

Ainda é algo inviável, pois a produção acaba custando um bom recurso de seus desenvolvedores, mas estima-se que ao longo dos próximos anos o produto esteja acessível para grande parte da população.

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Como é feito o leite sintético?

O processo consiste na replicação das proteínas do leite, onde os produtos lácteos fabricados em laboratório dependem da fermentação.

Lá fora empresas como a Perfect Day, vem criando um sistema revolucionário nesta questão. Eles usam o fermento Trichoderma Reesei, que converte o açúcar de plantas em soro (whey) e caseína, duas das principais proteínas do leite tradicional.

O processo é semelhante a outras leveduras como a produção de álcool através da cana de açúcar ou o próprio pão fermentado.

A partir disso as empresas fazem uma mudança genética no fermento, onde são inseridos genes das proteínas do leite em seu DNA.

A Perfect Day em questão diz que seu produto é produzido a partir da flora, mas há empresas que podem usar micro-flora, fungos ou até mesmo bactérias para a produção em vez de leveduras.

Depois desta etapa a proteína é separada da levedura e também do açúcar restante, passando por um processo de filtragem e secagem para se transformar em pó.

Então esse pó é misturado com água, gorduras, açúcares vegetais, vitaminas e minerais, para que os nutrientes se igualem aos do leite de vaca.

Resumo:

O leite de laboratório é uma versão produzida artificialmente do leite de vaca. Ele é produzido a partir da combinação de proteínas fermentadas por levedura, água, micronutrientes, gorduras e açúcares vegetais. O processo de fabricação não usa animais.

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Diferenças entre o leite de laboratório e outros leites, inclusive os vegetais

Até agora o leite era proveniente exclusivamente de animais, principalmente vaca, ou de vegetais como amêndoas, arroz, soja, coco e outros.

Mas os seus nutrientes acabam variando significativamente, ainda mais se comparamos os de versões vegetais com os de vaca.

Uma xícara (chá) de leite de vaca conta em média com 7g de proteínas, 12g de carboidratos e 8g de gorduras. Enquanto isso uma xícara (chá) de leite de amêndoas contam com 3g de gorduras, 2g de proteínas e também 2g de carboidratos.

A grande maioria dos leites vegetais, é pobre nestas questões, com excessão do leite de soja. A maioria também é isento de vitamina D e cálcio, algo muito presente no leite de origem animal.

Já o leite de laboratório é criado justamente para suprir as necessidades diárias de gorduras, carboidratos e proteínas, com qualidade equivalente ou superior ao leite de vaca.

No Perfect Day, a proteína contém beta lactoglobulina, a principal proteína do soro do leite de vaca, que é idêntico.

Resumo:

O leite de laboratório foi desenvolvido para ser nutricionalmente idêntico ao leite de vaca, inclusive contendo a sua proteína lactoglobulina. Ele chega para fornecer as mesmas quantidades de nutrientes, sendo uma alternativa muito melhor do que os leites vegetais.

Benefícios do Lab Milk para a saúde

Depois de conhecer um pouco mais sobre essa versão que está sendo produzida em laboratório, chegou a hora de conhecer um pouco mais sobre seus benefícios.

Opção para intolerantes à lactose

A lactose é um açúcar exclusivo do leite de origem animal. É preciso que o seu corpo produza uma enzima chamada lactase para que seja possível fazer a digestão.

Mas os intolerantes à lactose acabam perdendo a capacidade de produzir essa enzima, seja por questões genéticas, idade ou outro fator, o que leva a ser eliminada pelo corpo causando desconfortos intestinais.

Esses desconfortos são gases, inchaços e dores abdominais e até mesmo diarreias.

Como o leite de laboratório usa açúcares vegetais em vez de lactose para o desenvolvimento de carboidratos, esta será uma excelente opção para os intolerantes.

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Mas pessoas que sejam alérgicas a caseína devem ficar atentas.

Alimento vegano e amigo do ambiente

Como a produção é em laboratório dependendo apenas das células, não há a necessidade de imensas fazendas de gados, o que diminui os efeitos das emissões de gases a base de carbono, metano e óxido nitroso na camada de ozônio.

O Milk Lab contribui para diminuir os problemas ligados ao efeito estufa. Hoje a produção de leite representa 20% de toda a emissão na atmosfera.

Essa versão de laboratório também contribui para que vacas leiteiras não sejam mantidas confinadas, fadadas a viverem sob um único objetivo e em situações não muito agradáveis.

Há criadores que contam com uma excelente estrutura para a produção de leite, mas isso não é algo presente em todas as situações.

O leite de laboratório é considerado corretamente ecológico e vegano, já que os níveis de poluição são muito menores e a preocupação com os animais é muito maior.

Por usar genes do leite animal, muitos questionam o fato de ser vegano, mas a sua produção em nenhum momento tem a capacidade de prejudicar qualquer animal.

Resumo:

O leite fabricado em laboratório é super indicado para vegetarianos, veganos e intolerantes à lactose. Por mais que seja feito com células de origem animal, ele segue protocolos éticos, ambientais e outros que trazem benefícios para a natureza.

Existem desvantagens?

Claro que tudo tem benefício e malefício e com o leite de laboratório não pode não ser diferente.

A princípio os órgãos de saúde reconhecem a proteína como segura, já que as leveduras de Trichoderma Reesei já fazem parte da produção de outros alimentos.

Mas como as proteínas são idênticas ao leite de vaca, pessoas alérgicas podem também sofrer reações alérgicas, mesmo na versão de laboratório.

Os outros ingredientes do leite também podem causar reações para aqueles que são mais sensíveis.

Outra desvantagem é em relação ao preço. Como trata-se de um processo novo, o preço deverá ser mais alto se comparado com as versões tradicionais existentes no mercado.

Resumo:

O leite de laboratório pode desenvolver alergias assim como o leite de origem animal. Os açúcares e gorduras deste alimento também podem causar reações para aqueles que fizerem o seu consumo.

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Conclusão

O leite de laboratório é uma bebida que usa caseína e soro de proteína, fermentados através de levedura. A partir daí é criado um produto semelhante ao leite de vaca, mas sem o animal ou qualquer problema ligado a ele, como gases de efeito estufa, confinamento de produção e outros.

É um alimento rico em vitaminas, minerais, açúcares e gorduras à base de vegetais, podendo ser considerado vegano, livre de lactose e com muito nutriente.

Portanto em breve teremos o leite de laboratório sendo produzido em massa.

Mas e ai o que achou desta novidade? Deixe seus comentários.

Autor
Receitas ADM

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