Comer pouco faz o estômago diminuir? Isso contribui para uma dieta de emagrecimento? Quais são os benefícios, os malefícios, o que é mito ou verdade? É sobre este assunto que queremos falar um pouco mais hoje aqui no Receitas Academia!
Tão importante quanto os outros órgãos de nosso corpo, o estômago fica localizado na parte superior de nosso abdômen, mais a esquerda próximo ao fígado e a sua principal função é receber e processar os alimentos que ingerimos, selecionando os nutrientes essenciais para a nossa sobrevivência.
O estômago para cumprir o seu papel no organismo, acaba liberando ácidos e algumas enzimas, que são poderosos para dissolver os alimentos. Ele é também um órgão muscular, ou seja, realiza a contração de músculos periodicamente, ajudando no processo da digestão e o avanço das etapas dos alimentos.
Estômago vazio
O estômago fica em constante movimentação, por isso que quando ele se encontra vazio, há a presença de barulhos como o “ronco”, onde não é nada mais do que os músculos deste órgão trabalhando.
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Normalmente a média de tempo de permanência dos alimentos no estômago é de três a cinco horas, mas este tempo varia de acordo com o tipo de alimento que é consumido e se ele é de fácil (frutas) ou difícil digestão (carnes).
Mas comer pouco é capaz de diminuir o estômago?
Este órgão é conhecido por sua elasticidade. Um estômago de um adulto de estatura mediana normalmente conta com um tamanho capaz de armazenar de 50 mililitros. Mas conforme ingerimos os alimentos ao longo do dia, a sua capacidade chega em 3 a 4 litros (kg) de alimentos, um aumento de 60 a 80 vezes o seu tamanho “normal”.
Porém a elasticidade deste órgão é limitada. Quando ingerimos muito alimento, a tendência é que ou os alimentos sejam processados rapidamente, dando continuidade no processo digestivo, ou ocorra o vômito.
Mas e o contrário? Deixar de comer pode fazer o estômago diminuir? Primeiro que de maneira nenhuma é indicado a falta de uma alimentação regular, o que pode ser indicado por seu médio e/ou nutricionista é a diminuição das quantidades e a substituição de alimentos considerados ruins, por opções ricas em fibras e mais saudáveis.
Quando alguém realiza procedimentos cirúrgicos como a famosa “redução” de estômago, o órgão realmente perde a sua capacidade de armazenamento, mas é algo cirúrgico e que só é feito sob indicação médica. No caso da diminuição na alimentação, o que acontece é a pouca ingestão de calorias, o que contribui para o emagrecimento e também uma reeducação alimentar, onde você de forma natural não consiga comer o mesmo tanto que antigamente.
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Mas isto não quer dizer que o seu estômago diminuiu. Para que ele realmente venha a ser reduzido de tamanho, é preciso mudar drasticamente a alimentação, ingerindo uma média menor do que 1000 calorias diariamente. Segundo estudos, é realmente possível diminuir uma porcentagem do estômago se alimentando menos, porém este procedimento acaba não sendo saudável.
Dietas com menos de 1200 calorias
Para que o estômago venha diminuir mais rapidamente, é preciso ingerir menos calorias, porém há muitos riscos em dietas que fiquem abaixo das 1200 calorias diárias. Entre os sintomas desta mudança estão:
- Fraquezas;
- Fadigas;
- Intolerância ao frio;
- Prisão de ventre;
- Irregularidades hormonais;
- Inchaços;
- Anemia;
- Imunidade baixa;
- Déficits de atenção;
- Entre outros normalmente ligados ao cansaço e outros problemas a longo prazo.
E comer pouco faz emagrecer rápido? Estudos dizem que não. Optar por dietas radicais podem trazer sérios riscos para o organismo, sem contar que não adianta muito, afinal o corpo acaba desacelerando a taxa metabólica, o que acaba diminuindo a capacidade do seu organismo de perder peso.
O que dizem os médicos?
Muitos profissionais da área da saúde citam que apesar do estômago “menor”, dietas de baixas calorias e outras “técnicas”, não garantem que as pessoas não sintam menos fome durante o dia a dia. Na verdade a restrição de alimentos pode inclusive fazer com que você ganhe peso mais facilmente, pois haverá uma elevação na taxa de hormônios como a leptina.
Após estes sacrifícios, pouquíssimas pessoas conseguem manter o peso a longo prazo, onde grande parte recupera o peso perdido em um curto espaço de tempo e muitas das vezes engordam ainda mais, pois o organismo entende que deve armazenar ainda mais calorias para novas restrições alimentares.
Frutas são suas maiores aliadas nas dietas!
Em resumo, o tamanho do seu estômago não é o que realmente faz a diferença na hora de perder peso. É preciso toda uma reeducação alimentar, hábitos mais saudáveis e a prática de exercícios físicos para alcançar os resultados ideais.
Isso tudo é claro com um acompanhamento médico e nutricional constante. Uma indicação é adaptar o seu corpo ao consumo de fibras, proteínas e outros alimentos que ajudem a manter o seu corpo saciado por mais tempo. Evite permanecer por muito tempo com o estômago vazio, pois para que as calorias sejam queimadas e haja um trabalho maior do metabolismo, é preciso sempre ter alguma coisinha no estômago.
É preciso evitar os exageros. Independente do tamanho do seu estômago, evitar abusos como a falta ou pouca alimentação ou o consumo exagerado, pode significar uma melhor qualidade de vida e também o equilíbrio da sua massa corporal.
Sempre consulte seu médico!